terça-feira, 30 de agosto de 2016

#Texto 01 - O Que é "Oriente Médio"?



Por Thiago Damasceno P. Milhomem
(Mestrando em História pela
Universidade Federal de Goiás – UFG)

O que é “Oriente Médio”? O artigo definido masculino “o” foi retirado de propósito. Faço a pergunta a partir da indefinição plena para que comecemos a entender um pouco mais o termo que está sendo abordado neste primeiro texto do blog Orientalismo Na Rede.

O site, o Canal no YouTube e a Página no Facebook serão os meios pelos quais publicarei estudos culturais sobre o Oriente Médio na forma de textos e vídeoaulas. O principal público-alvo são estudantes do Ensino Médio e dos primeiros semestres de cursos de graduação em Ciências Humanas. Comecemos então nossa busca por um conhecimento introdutório sobre o tão falado Oriente.

Descontruir Para Construir


          Quando falamos em “Oriente Médio” nos lembramos de noticiários na TV ou manchetes de jornais impressos e de sites anunciando problemas na região, como guerras por poços de petróleo e gás natural, conflitos étnicos, religiosos e econômicos, dentre outros. De forma mais imediata ainda, nos vêm à mente imagens de árabes com túnicas brancas, muçulmanos e judeus orando, o polêmico Estado de Israel, mulheres com véus, dançarinas seminuas exibindo seus ventres, camelos, desertos, beduínos exóticos, terroristas, homens-bombas, etc. Mas será que essas imagens representam, realmente, o Oriente Médio? O que de fato pertence a essa região e o que vem de nossa compreensão equivocada? 


Imagem 01: Vista Panorâmica de Jerusalém.

A Mesquita da Rocha, à frente, e prédios modernos ao fundo.



Imagem 02: Beduínos no deserto.

           Vamos trabalhar em torno de dois eixos: desconstruir e construir. Essa parece ser uma forma adequada para um primeiro passo educacional coerente.

Desconstruir
Construir
O Oriente Médio é apenas uma região geográfica
O Oriente Médio tem, para o Ocidente, diversos significados
O Oriente Médio é uma região culturalmente atrasada
O Oriente Médio é um dos berços da nossa civilização e cultura
O terrorismo nasceu no Oriente Médio e vem apenas de lá
O terrorismo existiu e existe na história humana em diferentes culturas
Por ser uma região de fanáticos religiosos bárbaros e sanguinários, os conflitos no Oriente Médio têm causas religiosas
Os conflitos no Oriente Médio, em essência, têm causas políticas

Antes de falar sobre cada um desses pontos, é necessário esclarecer uma palavra que veremos muito: cultura. O termo tem vários significados, mas, de forma básica, cultura é todo conhecimento e toda criação humana. Como afirmam os professores Antonio Carlos Brandão e Milton Fernandes Duarte:

É cultura criar leis, criar formas de escrita, construir cidades, inventar ferramentas e técnicas e até estabelecer formas de governar e modos de se vestir. A cultura compreende os bens materiais, de um modo geral, como utensílios, ferramentas, moradias, meios de transporte, comunicação e outros. E também os bens não-materiais, como as representações simbólicas, os conhecimentos, as crenças e os sistemas de valores, isto é, o conjunto de normas que orientam a vida em sociedade”. (BRANDÃO, DUARTE, 1990: 09).

O ser humano é um ser cultural, que produz cultura, e que também a recebe.  O homem é produtor e produto de uma ou mais culturas. Diferentes culturas estiveram em contato no decorrer da história e, até hoje, estão, gerando trocas de conhecimentos e experiências. A isso se dá o nome de “trocas culturais” ou “intercâmbios culturais”.

Esclarecido o que é cultura, continuemos abordando cada ponto da nossa tabela.

O Oriente Médio é Apenas uma Região Geográfica?

          Certamente que não. Contudo, partiremos da noção geográfica de Oriente Médio para termos uma base em nossos estudos.

O Oriente Médio é uma região situada entre a Europa, continente bastante representativo do Ocidente, e o Extremo Oriente. O Oriente Médio é considerado o “oriente do meio”. Claro que essas divisões do globo terrestre entre oeste/ocidente e leste/oriente são eurocêntricas. E o que isso quer dizer? Isso quer dizer que os países europeus, em certos períodos da história, considerando-se o centro do mundo devido ao poder político e cultural que tinham, nomearam as regiões do globo terrestre. Aos locais “do outro lado mundo”, coube o termo “Oriente”. Essa visão e nomeação das partes do planeta foram feitas segundo um ponto de vista europeu que se colocava (e se coloca) em uma posição privilegiada, no centro de tudo e de todos, no palco principal da história.

Desde a Antiguidade, a região que hoje é conhecida como Oriente Médio foi uma ponte entre as civilizações da Ásia - ou Extremo Oriente - África e Europa. Muitos povos já habitaram ou passaram por ela, daí uma das importâncias do Oriente Médio para os outros países: sua localização estratégia por ser elo entre importantes civilizações.

Possivelmente são dos séculos XVIII e XIX os inícios de usos do termo “Oriente Médio” para se denominar a região que hoje abrange 16 países. Essa denominação está ligada aos interesses das potências europeias - Reino Unido, França, Bélgica e outras - na região desde aqueles tempos, há cerca de 2 ou 3 séculos.
 Para os autores Nelson Bacic Olic e Beatriz Canepa (2003), o Oriente Médio é composto por 15 países: Afeganistão, Irã, Turquia, Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Iraque, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar, Omã, Iêmen e Arábia Saudita. Esses 15 países abrangem uma área de aproximadamente 6 milhões de km².

Alguns autores consideram que o Egito, no nordeste da África, também faz parte do Oriente Médio. Outros autores, por sua vez, excluem o Afeganistão, um tanto longe do centro da região. Essas seleções de países dependem das concepções que guiam os estudiosos e dos processos históricos e culturais semelhantes entre os diferentes países da região. Em nossos estudos, utilizaremos a concepção de Olic e Canepa e consideraremos o Egito como parte do Oriente Médio. Assim, em nossa concepção, essa região compreende 16 países com uma área de aproximadamente 7 milhões de km².

É sempre bom lembrar que, apesar de muitas semelhanças culturais, geográficas e históricas, cada país do Oriente Médio tem suas próprias particularidades e processos históricos. Adotamos aqui uma visão geral dos países para fins de aprendizagem. Esclarecido isso, vejamos um mapa da região. 


Imagem 03: Mapa do Oriente Médio. Atenção para também considerar o Afeganistão!

Predominam no Oriente Médio os climas árido e semiárido, bem como os desertos. Seu relevo não é uniforme, apresentando montanhas e planaltos. Mas claro que nem tudo é Sol, areia e montanha! Grandes rios, como o Tigre e o Eufrates, fertilizam a região desde tempos remotos. E não podemos nos esquecer do caudaloso rio Nilo! Outro fato que vale ser lembrado: diferentes povos de diferentes etnias e adeptos de diversas religiões habitaram e habitam essa região.

A economia dos 16 países, de forma geral, depende muito do “ouro negro”, o petróleo, um dos principais interesses das elites locais e das potências estrangeiras. Essas últimas são as principais responsáveis pelas intervenções políticas e militares na região. Na primeira década dos anos 2000, 60% das jazidas de petróleo do mundo estavam no território do Oriente Médio. (OLIC; CANEPA, 2003: 15). Sendo um recurso natural, o petróleo vem se esgotando a cada ano, o que incentiva os países orientais a buscarem outros meios econômicos.

No decorrer dos textos e das vídeo-aulas, abordaremos mais esses assuntos. Por enquanto, devemos ter em mente que o Ocidente pensa o Oriente Médio para além da geografia. Essa consideração foi feita em um estudo no final dos anos 1970.
Em 1978 um professor de Humanidades e Literatura Comparada da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos da América, publicou um livro intitulado Orientalismo: o Oriente como Invenção do Ocidente. O nome desse professor é Edward Wadie Said (1935-2003), até hoje uma referência nos estudos culturais sobre o Oriente Médio. 

 Imagem 04: O intelectual palestino Edward Said

Analisando diferentes falas e textos, enfim, discursos, de autores como Homero e Gustave Flaubert a Lord Balfour, Said encontrou elementos que ajudaram a conceber o Oriente Médio não só como uma zona geográfica, mas como um lugar atrasado, inferior, misterioso, romantizado e exótico, mais ideal do que real.

Edward Said afirma que, o Ocidente, incapaz de compreender o Oriente, criou e cria várias imagens daquela região. É daí que vêm as noções e as imagens de um Oriente habitado por povos hostis e selvagens; por mulheres misteriosas e recatadas com véus e, ao mesmo tempo, sensuais com suas danças do ventre; um lugar onde há riquezas e magia. Essas visões podem cair muito bem em um filme ou em um romance de aventuras, mas, em termos de vida real, apenas criam imagens negativas do Oriente e dos orientais, imagens desumanas e cheias de estereótipos. E essas criações têm um fim político: a legitimação do Ocidente. Ao criar imagens que consideram o Oriente como extremamente diferente e inferior, o Ocidente cria sua identidade e se legitima, ou seja, se sobrepõe, se coloca como superior ao Outro, ao oriental.  

O Oriente Médio é uma Região Atrasada?

Certamente que não. Após tantos anos de guerras e explorações tanto de potências estrangeiras quanto de elites locais, o Oriente Médio abriga países que estão entre os mais pobres do mundo, como Iêmen e Afeganistão, sem contar a desigualdade social e de renda nos seus 16 países. Porém, é evidente que há também muita riqueza. Vejamos o caso de Dubai, por exemplo, a maior cidade dos Emirados Árabes Unidos, conhecida na área do turismo e por passar uma imagem de modernidade e riqueza.

Imagem 05: Dubai, já chamada de “Disneylândia dos Emirados Árabes”.

Entender Oriente Médio como sinônimo de barbarismo e atraso é um erro grosseiro, pois foi lá que surgiram algumas das primeiras civilizações, como as sociedades mesopotâmicas e a sociedade egípcia. Logo, lá é um dos berços da nossa civilização. Reparem que uso o termo “civilizações” e não “civilização”! Crer em apenas um tipo de civilização é ingenuidade ou mau caratismo acadêmico. É preciso valorizar os benefícios culturais de cada povo.

As sociedades do Oriente Médio, desde a Antiguidade, estavam em contato com outros povos por rotas marítimas e terrestres, recebendo e levando conhecimentos e descobertas, participando ativamente de intercâmbios culturais. O Oriente Médio nunca esteve isolado do restante do mundo como podem pensar. De fato, uma região isolada é algo um tanto quanto raro e difícil.

São do Oriente Médio as três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo, ou Islã. Muitas das bases da nossa moral e ética, bem como nossas formas de organização social, estão no judaísmo. As outras duas religiões têm um número expressivo de fiéis não só no Brasil como no mundo inteiro.

Também são do Oriente Médio invenções, como a escrita cuneiforme, dos mesopotâmicos, e a escrita hieroglífica, dos egípcios; o alfabeto dos fenícios que muito influenciou o alfabeto grego e, posteriormente, nosso alfabeto português. Com um alfabeto se escreve história e se criam estórias. É notória a coletânea de contos As Mil e Uma Noites cujas estórias foram reunidas na forma escrita no século X, reunindo contos folclóricos árabes, persas e indianos com todo o rico imaginário daqueles povos. Várias maravilhas são encontradas em contos de diferentes temas, que vão de estórias de viajantes a estórias de casos de amor. Por meio dessas ficções, temos contato com o rico modo de pensar do Oriente. Duas dessas estórias muito influenciaram o imaginário ocidental. São elas: Aladdin e a Lâmpada Maravilhosa e Ali Babá e os Quarenta Ladrões. Quem nunca ouviu falar em pelo menos uma dessas obras que suba no primeiro tapete voador!

Nem vou mencionar criações na área do urbanismo e da arquitetura, cujas cidades como Bagdá, no Iraque, e Córdoba, na Espanha, são exemplos até hoje, bem como o lendário palácio espanhol de Al Hambra, para a arquitetura. A expansão árabeislâmica durante o período medieval foi quem levou inventos chineses e divulgou a cultura grega para Europa. Sem esse rico intercâmbio cultural, nossos rumos históricos seriam outros.

O Terrorismo Nasceu no Oriente Médio e Vem Apenas de Lá?

          Certamente que não. O historiador norte-americano Caleb Carr, em seu livro A Assustadora História do Terrorismo (2002), nos mostra que o terrorismo, como o entendemos hoje, existe desde a Antiguidade e existiu durante os demais períodos históricos. E o que entendemos hoje como terrorismo?

Segundo nossa proposta, o que até agora tem sido visto e tratado como um problema moderno é, de fato, a etapa atual de uma violenta evolução cujas origens se estendem até os primórdios do próprio conflito humano: terrorismo, em outras palavras, é, simplesmente, a denominação contemporânea e a configuração moderna da guerra deliberadamente travada contra civis, com o propósito de lhes demolir a disposição de apoiar líderes ou políticas que os agentes dessa violência consideram inaceitáveis. (CARR, 2002: 16).

Sendo o terrorismo uma guerra tratada de forma proposital contra civis, ele esteve presente na história humana desde o estabelecimento das primeiras sociedades até os dias atuais. Caleb Carr também defende que, por mais repugnante que possa ser considerar um terrorista como um soldado – palavra que carrega uma noção de honra e dignidade – os grupos terroristas devem ser consideradas um exército, pois são organizados, treinados e armados. O historiador defende que ofensivas militares preventivas seriam eficientes contra as ações dos grupos militares radicais.

Portanto, o terrorismo não nasceu e nem é uma particularidade do Oriente Médio. E muito menos é sinônimo de Islã. O que vemos hoje são grupos político-militares extremistas que se apoiam no fundamentalismo das religiões e usam elementos divinos para justificarem seus atos, quando na verdade buscam poder, território e carnificina.

Não quero condenar, apenas mostrar a complexidade do terrorismo, por isso informo o seguinte: no moderno Oriente Médio, os primeiros grupos terroristas diziam-se judaicos. Chamavam-se Irgun e Stern e atuaram no contexto dos primeiros conflitos entre árabes e judeus na Palestina na década de 1940 (SALEM, 1982). Curioso, não?

Além disso, qualquer pesquisa rápida nos informará sobre outros grupos terroristas espalhados pelo mundo, de diferentes culturas, como o ETA (abreviação em basco de “Pátria Basca e Liberdade”), na Espanha, e o IRA (Exército Republicano Irlandês), no Reino Unido. 

Os Conflitos no Oriente Médio Têm Causas Religiosas?

Certamente que não. O senso comum, que podemos observar em conversas no dia a dia e em muitos jornais e revistas, simplifica a complexidade dos conflitos orientais reduzindo suas causas às religiões. Explicam o mundo todo com base em um sistema binário entre branco e preto, bem e mal. Judeus e muçulmanos se odeiam e então se matam. Muçulmanos não toleram cristãos e tentam matá-los cruelmente de todas as formas. É o conflito Oriente versus Ocidente. Simples assim. A história, contudo, nos diz que as causas são outras: são essencialmente políticas (SALEM, 1982). Adquirem características, roupagens e argumentos religiosos, claro, mas o pontapé dos conflitos do Oriente Médio está na política.

O ano de 711 foi um marco para a Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha). Naquele ano, um exército árabe e berbere (povo do norte da África) adepto à fé islâmica invadiu a região. Só foram expulsos oficialmente em 1492 durante o reinado de Isabel e Fernão, de Castela. Foram aproximadamente 7 séculos de uma expressiva presença muçulmana numa Península Ibérica até então cristã. Houve momentos de conflitos e de paz, gerando com isso intercâmbios culturais. Basta procurar em dicionários especializados para descobrir o quanto a língua árabe influenciou as línguas portuguesa e espanhola, ou andar em cidades brasileiras que muito devem aos imigrantes árabes.

Foram quase 7 séculos de presença árabe-islâmica na Península Ibérica, gerando importantes intercâmbios culturais, mas também conflitos. Houve conflitos entre cristãos e muçulmanos, muçulmanos contra muçulmanos e cristãos contra cristãos, isso sem mencionar os judeus. O que quero dizer é que as alianças políticas, desejando terra e poder, se davam além da religião. Quando havia guerras, eram guerras civis, não exatamente guerras entre uma religião e outra. A história nos mostra que a realidade não era binária. Pelo contrário, era bastante complexa.

Os atuais conflitos árabe-israelenses, por exemplo, são historicamente recentes. Nasceram no final do século XIX e início do século XX no contexto de expansão das potências europeias e do Império Turco-Otomano. Em um período de militarismo e de nacionalismo exagerado, mais uma vez foram disputados territórios e poder. Dentro dessa confusão, diferentes religiões. Mas, até então, judeus e árabes viviam pacificamente no que hoje é a Palestina.

Mais uma vez, a história nos mostra que a realidade não era e nem é binária. Pelo contrário, era e é bastante complexa. É preciso ler mais, estudar mais e se informar melhor antes de defender causas erradas para os fenômenos e fazer juízos de valor equivocados.

Algumas considerações

          Espero ter alcançado sucesso em fazer uma introdução coerente sobre o Oriente Médio e o que esse termo quer dizer para o Ocidente ou, pelo menos, que ideias ele evoca. Quando digo “coerente” quero dizer um estudo sem um olhar binário e simplificador, mas sim um estudo que derrote certas incoerências e que destaque as complexidades dos eventos, pondo uma “pulga atrás da orelha” sobre o assunto, instigando o leitor à pesquisa e à reflexão.

          No mais, faz-se necessário um estudo mais humanizado e não-estereotipado do Oriente Médio. Além disso, não podemos pôr toda a região como vítima das “cruéis potências europeias”. Como disse anteriormente, elites orientais também contribuíram com a exploração das camadas populares menos favorecidas da região.

No decorrer das postagens, abordaremos outros assuntos e compreenderemos mais as diversas temáticas sobre essa região muito falada e pouco compreendida: o desconhecido Oriente Médio.

Referências

Livros, Capítulos de Livros e Artigos

BRANDÃO, Antonio Carlos; DUARTE, Milton Fernandes. Movimentos Culturais de           Juventude. São Paulo: Moderna, 1990.

CANEPA. Beatriz; OLIC, Nelson Bacic. Oriente Médio e a Questão Palestina. São              Paulo: Moderna, 2003.

CARR, Caleb. A Assustadora História do Terrorismo. São Paulo: Ediouro, 2002.

CHALLITA, Mansour. Esse Desconhecido Oriente Médio. Rio de Janeiro: Revan,              3ª edição, 1990.

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como Invenção do Ocidente. São                      Paulo: Companhia das Letras, 2007.

SALEM, Helena. O Que é Questão Palestina. São Paulo: Brasiliense, 1982.

Imagens

Imagem 01: Vista Panorâmica de Jerusalém.
Revista História em Foco: Israel x Palestina. Ano 01, nº 01. Bauru, SP: Alto Astral              Editora, 2015, pp. 36.

Imagem 02: Mercado Árabe (suq) em Jerusalém.
Disponível em:                                                                                                                            https://commons.wikimedia.org/wiki/File:OldCityJerusalem01_ST_06.JPG

Imagem 03: Mapa do Oriente Médio

Imagem 04: Edward Said

Imagem 05: Dubai, já chamada de “Disneylândia dos Emirados Árabes”
Disponível em: http://www.dubbi.com.br

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