sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Minicurso "A Conquista Islâmica da Península Ibérica em 711: os pontos de vista cristão e muçulmano"

ALERTA de minicurso online e gratuito!

Ministrarei esse minicurso na XIX Semana de História, do dia 08/12 ao 10/12, das 9h às 11h. 

Inscrições gratuitas até 03/12 em: 

https://www.even3.com.br/xixsemanadehistoriaufg/

Descrição da Atividade: 

“Oh, meus guerreiros, para onde vocês fugirão? Atrás de vocês está o mar, perante vocês, o inimigo. Vocês têm agora somente a esperança da coragem e da perseverança”. Essa é uma anedota árabe popular cuja autoria é creditada ao general muçulmano Ṭāriq Ibn Ziyād.

Tais dizerem teriam sido proclamados durante a travessia do exército muçulmano pelo Estreito de Gibraltar em meados de 711. Na ocasião, os soldados muçulmanos árabes e berberes se deslocavam do norte da África para a Península Ibérica. Em solo ibérico, Ṭāriq Ibn Ziyād liderou as tropas muçulmanas na vitória decisiva contra o exército cristão visigodo, comandado pelo Rei Rodrigo, na famosa Batalha de Guadalete. Dali até 715 a conquista islâmica do sul e do centro da região se consolidou, formando Alandalus, a Península Ibérica sob domínio islâmico, caracterizada por momentos de convivências diversas (pacíficas e violentas) e de intercâmbios culturais entre cristãos e muçulmanos.

Naquele contexto, o Islām estava em expansão tanto no Oriente quanto no Ocidente (via norte da África) e Alandalus se tornou parte fundamental do mundo islâmico e da história da Península Ibérica.

A proposta do minicurso é apresentar e comparar a conquista islâmica de 711 a partir das duas fontes mais antigas que abordam o tema: a Crónica Moçárabe de 754, de autoria anônima e cristã, e o Livro de História (Kitāb Attārīḫ), do muçulmano Ibn Ḥabīb (século IX). Enquanto que para os cristãos a conquista islâmica foi entendida como uma catástrofe e um castigo divino, os muçulmanos interpretaram sua vitória como um triunfo da vontade de Deus.