Por Thiago Damasceno
P. Milhomem
(Mestrando em História pela
Universidade Federal de Goiás – UFG)
O
que é “Oriente Médio”? O artigo definido masculino “o” foi retirado de
propósito. Faço a pergunta a partir da indefinição plena para que comecemos a
entender um pouco mais o termo que está sendo abordado neste primeiro texto do blog Orientalismo Na Rede.
O
site, o Canal no YouTube e a Página no Facebook
serão os meios pelos quais publicarei estudos culturais sobre o Oriente
Médio na forma de textos e vídeoaulas. O principal público-alvo são estudantes
do Ensino Médio e dos primeiros semestres de cursos de graduação em Ciências
Humanas. Comecemos então nossa busca por um conhecimento introdutório sobre o tão
falado Oriente.
Descontruir Para Construir
Quando falamos em “Oriente Médio” nos lembramos
de noticiários na TV ou manchetes de jornais impressos e de sites anunciando problemas na região,
como guerras por poços de petróleo e gás natural, conflitos étnicos, religiosos
e econômicos, dentre outros. De forma mais imediata ainda, nos vêm à mente imagens
de árabes com túnicas brancas, muçulmanos e judeus orando, o polêmico Estado de
Israel, mulheres com véus, dançarinas seminuas exibindo seus ventres, camelos,
desertos, beduínos exóticos, terroristas, homens-bombas, etc. Mas será que essas
imagens representam, realmente, o Oriente Médio? O que de fato pertence a essa
região e o que vem de nossa compreensão equivocada?
Imagem 01: Vista Panorâmica de
Jerusalém.
A Mesquita da Rocha, à frente, e prédios modernos ao
fundo.
Imagem 02: Beduínos no deserto.
Vamos
trabalhar em torno de dois eixos: desconstruir e construir. Essa parece ser uma
forma adequada para um primeiro passo educacional coerente.
Desconstruir
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Construir
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O Oriente Médio é apenas uma região
geográfica
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O Oriente Médio tem, para o Ocidente,
diversos significados
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O Oriente Médio é uma região culturalmente
atrasada
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O Oriente Médio é um dos berços da nossa
civilização e cultura
|
O terrorismo nasceu no Oriente Médio e vem
apenas de lá
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O terrorismo existiu e existe na história
humana em diferentes culturas
|
Por ser uma região de fanáticos religiosos bárbaros
e sanguinários, os conflitos no Oriente Médio têm causas religiosas
|
Os conflitos no Oriente Médio, em essência,
têm causas políticas
|
Antes
de falar sobre cada um desses pontos, é necessário esclarecer uma palavra que
veremos muito: cultura. O termo tem vários significados, mas, de forma básica, cultura
é todo conhecimento e toda criação humana. Como afirmam os professores Antonio
Carlos Brandão e Milton Fernandes Duarte:
É cultura criar leis, criar
formas de escrita, construir cidades, inventar ferramentas e técnicas e até
estabelecer formas de governar e modos de se vestir. A cultura compreende os
bens materiais, de um modo geral, como utensílios, ferramentas, moradias, meios
de transporte, comunicação e outros. E também os bens não-materiais, como as
representações simbólicas, os conhecimentos, as crenças e os sistemas de
valores, isto é, o conjunto de normas que orientam a vida em sociedade”.
(BRANDÃO, DUARTE, 1990: 09).
O
ser humano é um ser cultural, que produz cultura, e que também a recebe. O homem é produtor e produto de uma ou mais culturas.
Diferentes culturas estiveram em contato no decorrer da história e, até hoje,
estão, gerando trocas de conhecimentos e experiências. A isso se dá o nome de “trocas
culturais” ou “intercâmbios culturais”.
Esclarecido
o que é cultura, continuemos abordando cada ponto da nossa tabela.
O Oriente Médio é Apenas uma Região
Geográfica?
Certamente
que não. Contudo, partiremos da noção geográfica de Oriente Médio para termos
uma base em nossos estudos.
O
Oriente Médio é uma região situada entre a Europa, continente bastante
representativo do Ocidente, e o Extremo Oriente. O Oriente Médio é considerado
o “oriente do meio”. Claro que essas divisões do globo terrestre entre
oeste/ocidente e leste/oriente são eurocêntricas. E o que isso quer dizer? Isso
quer dizer que os países europeus, em certos períodos da história,
considerando-se o centro do mundo devido ao poder político e cultural que
tinham, nomearam as regiões do globo terrestre. Aos locais “do outro lado
mundo”, coube o termo “Oriente”. Essa visão e nomeação das partes do planeta
foram feitas segundo um ponto de vista europeu que se colocava (e se coloca) em
uma posição privilegiada, no centro de tudo e de todos, no palco principal da
história.
Desde
a Antiguidade, a região que hoje é conhecida como Oriente Médio foi uma ponte
entre as civilizações da Ásia - ou Extremo Oriente - África e Europa. Muitos
povos já habitaram ou passaram por ela, daí uma das importâncias do Oriente
Médio para os outros países: sua localização estratégia por ser elo entre importantes
civilizações.
Possivelmente
são dos séculos XVIII e XIX os inícios de usos do termo “Oriente Médio” para se
denominar a região que hoje abrange 16 países. Essa denominação está ligada aos
interesses das potências europeias - Reino Unido, França, Bélgica e outras - na
região desde aqueles tempos, há cerca de 2 ou 3 séculos.
Para os autores Nelson Bacic Olic e Beatriz
Canepa (2003), o Oriente Médio é composto por 15 países: Afeganistão, Irã,
Turquia, Síria, Líbano, Israel, Jordânia, Iraque, Bahrein, Emirados Árabes
Unidos, Kuwait, Catar, Omã, Iêmen e Arábia Saudita. Esses 15 países abrangem
uma área de aproximadamente 6 milhões de km².
Alguns
autores consideram que o Egito, no nordeste da África, também faz parte do
Oriente Médio. Outros autores, por sua vez, excluem o Afeganistão, um tanto
longe do centro da região. Essas seleções de países dependem das concepções que
guiam os estudiosos e dos processos históricos e culturais semelhantes entre os
diferentes países da região. Em nossos estudos, utilizaremos a concepção de
Olic e Canepa e consideraremos o Egito como parte do Oriente Médio. Assim, em
nossa concepção, essa região compreende 16 países com uma área de
aproximadamente 7 milhões de km².
É
sempre bom lembrar que, apesar de muitas semelhanças culturais, geográficas e
históricas, cada país do Oriente Médio tem suas próprias particularidades e
processos históricos. Adotamos aqui uma visão geral dos países para fins de
aprendizagem. Esclarecido isso, vejamos um mapa da região.
Imagem
03:
Mapa do Oriente Médio. Atenção para também considerar o Afeganistão!
Predominam
no Oriente Médio os climas árido e semiárido, bem como os desertos. Seu relevo
não é uniforme, apresentando montanhas e planaltos. Mas claro que nem tudo é
Sol, areia e montanha! Grandes rios, como o Tigre e o Eufrates, fertilizam a
região desde tempos remotos. E não podemos nos esquecer do caudaloso rio Nilo! Outro
fato que vale ser lembrado: diferentes povos de diferentes etnias e adeptos de
diversas religiões habitaram e habitam essa região.
A
economia dos 16 países, de forma geral, depende muito do “ouro negro”, o
petróleo, um dos principais interesses das elites locais e das potências
estrangeiras. Essas últimas são as principais responsáveis pelas intervenções
políticas e militares na região. Na primeira década dos anos 2000, 60% das
jazidas de petróleo do mundo estavam no território do Oriente Médio. (OLIC;
CANEPA, 2003: 15). Sendo um recurso natural, o petróleo vem se esgotando a cada
ano, o que incentiva os países orientais a buscarem outros meios econômicos.
No
decorrer dos textos e das vídeo-aulas, abordaremos mais esses assuntos. Por enquanto,
devemos ter em mente que o Ocidente pensa o Oriente Médio para além da
geografia. Essa consideração foi feita em um estudo no final dos anos 1970.
Em 1978 um professor de
Humanidades e Literatura Comparada da Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos da América, publicou um livro intitulado Orientalismo: o Oriente como Invenção do Ocidente. O nome desse
professor é Edward Wadie Said (1935-2003), até hoje uma referência nos estudos
culturais sobre o Oriente Médio.
Imagem
04:
O intelectual palestino Edward Said
Analisando
diferentes falas e textos, enfim, discursos, de autores como Homero e Gustave
Flaubert a Lord Balfour, Said encontrou elementos que ajudaram a conceber o
Oriente Médio não só como uma zona geográfica, mas como um lugar atrasado,
inferior, misterioso, romantizado e exótico, mais ideal do que real.
Edward
Said afirma que, o Ocidente, incapaz de compreender o Oriente, criou e cria
várias imagens daquela região. É daí que vêm as noções e as imagens de um
Oriente habitado por povos hostis e selvagens; por mulheres misteriosas e
recatadas com véus e, ao mesmo tempo, sensuais com suas danças do ventre; um
lugar onde há riquezas e magia. Essas visões podem cair muito bem em um filme
ou em um romance de aventuras, mas, em termos de vida real, apenas criam imagens
negativas do Oriente e dos orientais, imagens desumanas e cheias de estereótipos.
E essas criações têm um fim político: a legitimação do Ocidente. Ao criar
imagens que consideram o Oriente como extremamente diferente e inferior, o
Ocidente cria sua identidade e se legitima, ou seja, se sobrepõe, se coloca
como superior ao Outro, ao oriental.
O Oriente Médio é uma Região Atrasada?
Certamente que não. Após
tantos anos de guerras e explorações tanto de potências estrangeiras quanto de
elites locais, o Oriente Médio abriga países que estão entre os mais pobres do
mundo, como Iêmen e Afeganistão, sem contar a desigualdade social e de renda
nos seus 16 países. Porém, é evidente que há também muita riqueza. Vejamos o
caso de Dubai, por exemplo, a maior cidade dos Emirados Árabes Unidos,
conhecida na área do turismo e por passar uma imagem de modernidade e riqueza.
Imagem 05:
Dubai, já chamada de “Disneylândia dos Emirados Árabes”.
Entender
Oriente Médio como sinônimo de barbarismo e atraso é um erro grosseiro, pois
foi lá que surgiram algumas das primeiras civilizações, como as sociedades
mesopotâmicas e a sociedade egípcia. Logo, lá é um dos berços da nossa
civilização. Reparem que uso o termo “civilizações” e não “civilização”! Crer
em apenas um tipo de civilização é ingenuidade ou mau caratismo acadêmico. É
preciso valorizar os benefícios culturais de cada povo.
As
sociedades do Oriente Médio, desde a Antiguidade, estavam em contato com outros
povos por rotas marítimas e terrestres, recebendo e levando conhecimentos e
descobertas, participando ativamente de intercâmbios culturais. O Oriente Médio
nunca esteve isolado do restante do mundo como podem pensar. De fato, uma
região isolada é algo um tanto quanto raro e difícil.
São
do Oriente Médio as três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e
islamismo, ou Islã. Muitas das bases da nossa moral e ética, bem como nossas
formas de organização social, estão no judaísmo. As outras duas religiões têm
um número expressivo de fiéis não só no Brasil como no mundo inteiro.
Também são do Oriente Médio invenções,
como a escrita cuneiforme, dos mesopotâmicos, e a escrita hieroglífica, dos
egípcios; o alfabeto dos fenícios que muito influenciou o alfabeto grego e,
posteriormente, nosso alfabeto português. Com um alfabeto se escreve história e
se criam estórias. É notória a coletânea de contos As Mil e Uma Noites cujas
estórias foram reunidas na forma escrita no século X, reunindo contos
folclóricos árabes, persas e indianos com todo o rico imaginário daqueles
povos. Várias maravilhas são encontradas em contos de diferentes temas, que vão
de estórias de viajantes a estórias de casos de amor. Por meio dessas ficções,
temos contato com o rico modo de pensar do Oriente. Duas dessas estórias muito
influenciaram o imaginário ocidental. São elas: Aladdin e a Lâmpada Maravilhosa e Ali Babá e os Quarenta Ladrões. Quem nunca ouviu falar em pelo
menos uma dessas obras que suba no primeiro tapete voador!
Nem
vou mencionar criações na área do urbanismo e da arquitetura, cujas cidades
como Bagdá, no Iraque, e Córdoba, na Espanha, são exemplos até hoje, bem como o
lendário palácio espanhol de Al Hambra, para a arquitetura. A expansão
árabeislâmica durante o período medieval foi quem levou inventos chineses e
divulgou a cultura grega para Europa. Sem esse rico intercâmbio cultural,
nossos rumos históricos seriam outros.
O Terrorismo Nasceu no Oriente Médio e
Vem Apenas de Lá?
Certamente
que não. O historiador norte-americano Caleb Carr, em seu livro A Assustadora História do Terrorismo (2002),
nos mostra que o terrorismo, como o entendemos hoje, existe desde a Antiguidade
e existiu durante os demais períodos históricos. E o que entendemos hoje como
terrorismo?
Segundo nossa proposta,
o que até agora tem sido visto e tratado como um problema moderno é, de fato, a
etapa atual de uma violenta evolução cujas origens se estendem até os
primórdios do próprio conflito humano: terrorismo, em outras palavras, é,
simplesmente, a denominação contemporânea e a configuração moderna da guerra
deliberadamente travada contra civis, com o propósito de lhes demolir a
disposição de apoiar líderes ou políticas que os agentes dessa violência
consideram inaceitáveis. (CARR, 2002: 16).
Sendo
o terrorismo uma guerra tratada de forma proposital contra civis, ele esteve
presente na história humana desde o estabelecimento das primeiras sociedades
até os dias atuais. Caleb Carr também defende que, por mais repugnante que
possa ser considerar um terrorista como um soldado – palavra que carrega uma
noção de honra e dignidade – os grupos terroristas devem ser consideradas um
exército, pois são organizados, treinados e armados. O historiador defende que ofensivas
militares preventivas seriam eficientes contra as ações dos grupos militares
radicais.
Portanto,
o terrorismo não nasceu e nem é uma particularidade do Oriente Médio. E muito
menos é sinônimo de Islã. O que vemos hoje são grupos político-militares extremistas
que se apoiam no fundamentalismo das religiões e usam elementos divinos para
justificarem seus atos, quando na verdade buscam poder, território e carnificina.
Não
quero condenar, apenas mostrar a complexidade do terrorismo, por isso informo o
seguinte: no moderno Oriente Médio, os primeiros grupos terroristas diziam-se
judaicos. Chamavam-se Irgun e Stern e atuaram no contexto dos primeiros
conflitos entre árabes e judeus na Palestina na década de 1940 (SALEM, 1982).
Curioso, não?
Além
disso, qualquer pesquisa rápida nos informará sobre outros grupos terroristas
espalhados pelo mundo, de diferentes culturas, como o ETA (abreviação em basco
de “Pátria Basca e Liberdade”), na Espanha, e o IRA (Exército Republicano
Irlandês), no Reino Unido.
Os Conflitos no Oriente Médio Têm Causas
Religiosas?
Certamente
que não. O senso comum, que podemos observar em conversas no dia a dia e em
muitos jornais e revistas, simplifica a complexidade dos conflitos orientais
reduzindo suas causas às religiões. Explicam o mundo todo com base em um
sistema binário entre branco e preto, bem e mal. Judeus e muçulmanos se odeiam
e então se matam. Muçulmanos não toleram cristãos e tentam matá-los cruelmente
de todas as formas. É o conflito Oriente versus
Ocidente. Simples assim. A história, contudo, nos diz que as causas são outras:
são essencialmente políticas (SALEM, 1982). Adquirem características, roupagens
e argumentos religiosos, claro, mas o pontapé dos conflitos do Oriente Médio
está na política.
O
ano de 711 foi um marco para a Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha).
Naquele ano, um exército árabe e berbere (povo do norte da África) adepto à fé
islâmica invadiu a região. Só foram expulsos oficialmente em 1492 durante o
reinado de Isabel e Fernão, de Castela. Foram aproximadamente 7 séculos de uma
expressiva presença muçulmana numa Península Ibérica até então cristã. Houve
momentos de conflitos e de paz, gerando com isso intercâmbios culturais. Basta
procurar em dicionários especializados para descobrir o quanto a língua árabe
influenciou as línguas portuguesa e espanhola, ou andar em cidades brasileiras
que muito devem aos imigrantes árabes.
Foram
quase 7 séculos de presença árabe-islâmica na Península Ibérica, gerando
importantes intercâmbios culturais, mas também conflitos. Houve conflitos entre
cristãos e muçulmanos, muçulmanos contra muçulmanos e cristãos contra cristãos,
isso sem mencionar os judeus. O que quero dizer é que as alianças políticas,
desejando terra e poder, se davam além da religião. Quando havia guerras, eram
guerras civis, não exatamente guerras entre uma religião e outra. A história
nos mostra que a realidade não era binária. Pelo contrário, era bastante
complexa.
Os
atuais conflitos árabe-israelenses, por exemplo, são historicamente recentes.
Nasceram no final do século XIX e início do século XX no contexto de expansão
das potências europeias e do Império Turco-Otomano. Em um período de
militarismo e de nacionalismo exagerado, mais uma vez foram disputados territórios
e poder. Dentro dessa confusão, diferentes religiões. Mas, até então, judeus e
árabes viviam pacificamente no que hoje é a Palestina.
Mais
uma vez, a história nos mostra que a realidade não era e nem é binária. Pelo
contrário, era e é bastante complexa. É preciso ler mais, estudar mais e se
informar melhor antes de defender causas erradas para os fenômenos e fazer juízos
de valor equivocados.
Algumas considerações
Espero ter alcançado sucesso em fazer
uma introdução coerente sobre o Oriente Médio e o que esse termo quer dizer
para o Ocidente ou, pelo menos, que ideias ele evoca. Quando digo “coerente”
quero dizer um estudo sem um olhar binário e simplificador, mas sim um estudo
que derrote certas incoerências e que destaque as complexidades dos eventos,
pondo uma “pulga atrás da orelha” sobre o assunto, instigando o leitor à
pesquisa e à reflexão.
No mais, faz-se necessário um estudo
mais humanizado e não-estereotipado do Oriente Médio. Além disso, não podemos
pôr toda a região como vítima das “cruéis potências europeias”. Como disse
anteriormente, elites orientais também contribuíram com a exploração das
camadas populares menos favorecidas da região.
No
decorrer das postagens, abordaremos outros assuntos e compreenderemos mais as
diversas temáticas sobre essa região muito falada e pouco compreendida: o desconhecido
Oriente Médio.
Referências
Livros, Capítulos de Livros e Artigos
BRANDÃO,
Antonio Carlos; DUARTE, Milton Fernandes. Movimentos
Culturais de Juventude. São Paulo: Moderna, 1990.
CANEPA.
Beatriz; OLIC, Nelson Bacic. Oriente
Médio e a Questão Palestina. São Paulo: Moderna, 2003.
CARR,
Caleb. A Assustadora História do
Terrorismo. São Paulo: Ediouro, 2002.
CHALLITA,
Mansour. Esse Desconhecido Oriente
Médio. Rio de Janeiro: Revan, 3ª edição, 1990.
SAID,
Edward W. Orientalismo: o Oriente como
Invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
SALEM,
Helena. O Que é Questão Palestina. São
Paulo: Brasiliense, 1982.
Imagens
Imagem 01: Vista Panorâmica de
Jerusalém.
Revista
História em Foco: Israel x Palestina. Ano
01, nº 01. Bauru, SP: Alto Astral Editora, 2015, pp. 36.
Imagem 02: Mercado Árabe (suq) em Jerusalém.
Imagem 03: Mapa do Oriente Médio
Imagem 04: Edward Said
Imagem 05: Dubai, já chamada de “Disneylândia
dos Emirados Árabes”